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Carta aos Efésios: todos são família de Deus. Por frei Gilvander

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

APAC de Lagoa da Prata, MG: Recuperando vidas e a natureza (Rio São Fran...



APAC de Lagoa da Prata, MG: Recuperando vidas, a natureza e o Rio São Francisco – Vídeo 5 – 12/9/2018.

Por ocasião da realização das missões da XXI Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, em Lagoa da Prata, Diocese de Luz, MG, em 2018, frei Gilvander Moreira, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), durante dois dias, visitou a APAC – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (e às suas famílias e às vítimas e/ou suas famílias), que há 11 anos foi implantada na cidade. O objetivo da APAC é promover a humanização dos condenados que devem cumprir penas nas prisões, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena. Seu propósito é evitar a reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar e se ressocializar após o cumprimento da pena. O trabalho da APAC dispõe de um método de valorização humana, vinculada à espiritualidade, para oferecer ao condenado condições de recuperar-se, buscando em perspectiva mais ampla, a proteção da sociedade, o socorro às vítimas e a promoção da justiça restaurativa. Na APAC os presos são chamados de recuperandos e são corresponsáveis por sua recuperação. A presença de voluntários é fundamental oferecendo aos recuperandos a assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica. Na APAC, os recuperandos são tratados com respeito. Com uma disciplina necessária, a APAC conta com um conselho formado por recuperandos que contribui decisivamente para a ordem, o respeito e o seguimento das normas e regras. Para isso, contam com o suporte de voluntários/as e funcionários/as, sem o concurso de policiais ou agentes penitenciários. A APAC conta com uma rotina diária que inicia às 6 horas da manhã e termina às 10 horas da noite. Durante o dia todos trabalham, estudam e se profissionalizam, evitando a todo custo a ociosidade. Na APAC as famílias são respeitadas e coparticipes da recuperação. Por meio de encontros formativos, celebrações e visitas aos lares, a APAC tenta, a todo custo, reatar os laços entre recuperandos e seus entes. A APAC recupera também a família de quem cumpre pena. Na APAC a espiritualidade é ecumênica. Cada recuperando é incentivado a assumir a fé que professa, de forma que possa fazer um encontro profundo com o Deus da Vida. O respeito à religião do outro é fundamental e orienta a espiritualidade apaqueana. Enfim, na APAC o cumprimento de pena é individualizado. Por isso as APACs são pequenas unidades, construídas nas próprias comunidades onde os recuperandos cumprem sua pena. São unidades idealizadas para receber no máximo 200 recuperandos. Um presídio que aplica a metodologia APAC é infinitamente mais vantajoso para o Estado, visto que um preso na APAC custa um terço do valor gasto no sistema prisional comum. Além disso, a construção de uma APAC é muito mais barata que a construção de um presídio grande que, quando superlotado, violenta os direitos humanos dos presos. Os resultados positivos tais como baixo índice de reincidência, baixo custo, ausência de violência e rebeliões e poucas fugas têm contribuído para que a metodologia APAC seja conhecida e aplicada. Nesse vídeo, a 5ª parte da reportagem em vídeo que frei Gilvander fez em sua visita à APAC de Lagoa da Prata, no centro-oeste de Minas Gerais, na Diocese de Luz.

Foto: frei Gilvander


*Reportagem em vídeo de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Lagoa da Prata, 12 de setembro de 2018.
*Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

APAC/Lagoa da Prata/MG - "APAC cumpre a lei de execução penal. A mudança...



APAC de Lagoa da Prata, MG – "APAC cumpre a lei de execução penal. A mudança vem com amor." (Lorena) – Vídeo 4 – 12/9/2018.

Por ocasião da realização das missões da XXI Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, em Lagoa da Prata, Diocese de Luz, MG, em 2018, frei Gilvander Moreira visitou a APAC – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (e às suas famílias e às vítimas e/ou suas famílias), que há 11 anos foi implantada na cidade. O objetivo da APAC é promover a humanização dos condenados que devem cumprir penas nas prisões, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena. Seu propósito é evitar a reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar e se ressocializar após o cumprimento da pena. O trabalho da APAC dispõe de um método de valorização humana, vinculada à espiritualidade, para oferecer ao condenado condições de recuperar-se, buscando em perspectiva mais ampla, a proteção da sociedade, o socorro às vítimas e a promoção da justiça restaurativa. Na APAC os presos são chamados de recuperandos e são corresponsáveis por sua recuperação. A presença de voluntários é fundamental oferecendo aos recuperandos a assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica. Na APAC, os recuperandos são tratados com respeito. Com uma disciplina necessária, a APAC conta com um conselho formado por recuperandos que contribui decisivamente para a ordem, o respeito e o seguimento das normas e regras. Para isso, contam com o suporte de voluntários/as e funcionários/as, sem o concurso de policiais ou agentes penitenciários. A APAC conta com uma rotina diária que inicia às 6 horas da manhã e termina às 10 horas da noite. Durante o dia todos trabalham, estudam e se profissionalizam, evitando a todo custo a ociosidade. Na APAC as famílias são respeitadas e coparticipes da recuperação. Por meio de encontros formativos, celebrações e visitas aos lares, a APAC tenta, a todo custo, reatar os laços entre recuperandos e seus entes. A APAC recupera também a família de quem cumpre pena. Na APAC a espiritualidade é ecumênica. Cada recuperando é incentivado a assumir a fé que professa, de forma que possa fazer um encontro profundo com o Deus da Vida. O respeito à religião do outro é fundamental e orienta a espiritualidade apaqueana. Enfim, na APAC o cumprimento de pena é individualizado. Por isso as APACs são pequenas unidades, construídas nas próprias comunidades onde os recuperandos cumprem sua pena. São unidades idealizadas para receber no máximo 200 recuperandos. Um presídio que aplica a metodologia APAC é infinitamente mais vantajoso para o Estado, visto que um preso na APAC custa um terço do valor gasto no sistema prisional comum. Além disso, a construção de uma APAC é muito mais barata que a construção de um presídio grande que, quando superlotado, violenta os direitos humanos dos presos. Os resultados positivos tais como baixo índice de reincidência, baixo custo, ausência de violência e rebeliões e poucas fugas têm contribuído para que a metodologia APAC seja conhecida e aplicada. Nesse vídeo, a 4ª parte da reportagem em vídeo que frei Gilvander fez em sua visita à APAC de Lagoa da Prata, no centro-oeste de Minas Gerais.

Lorena, advogada na APAC de Lagoa da Prata, MG. Foto: frei Gilvander
*Reportagem em vídeo de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Lagoa da Prata, 12 de setembro de 2018.
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APAC de Lagoa da Prata, MG/Dados Estatísticos, desde novembro/2015/Vídeo...




APAC de Lagoa da Prata, MG: Dados Estatísticos, desde novembro/2015 - Vídeo 3 - 12/9/2018.

Por ocasião da realização das missões da XXI Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, em Lagoa da Prata, Diocese de Luz, MG, em 2018, frei Gilvander Moreira visitou a APAC – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados - (e às suas famílias e às vítimas e/ou suas famílias), que há 11 anos foi implantada na cidade. O objetivo da APAC é promover a humanização dos condenados que devem cumprir penas nas prisões, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena. Seu propósito é evitar a reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar e se ressocializar após o cumprimento da pena. O trabalho da APAC dispõe de um método de valorização humana, vinculada à espiritualidade, para oferecer ao condenado condições de recuperar-se, buscando em perspectiva mais ampla, a proteção da sociedade, o socorro às vítimas e a promoção da justiça restaurativa. Na APAC, os presos são chamados de recuperandos e são corresponsáveis por sua recuperação. A presença de voluntários é fundamental oferecendo aos recuperandos a assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica. Na APAC, os recuperandos são tratados com respeito. Com uma disciplina necessária, a APAC conta com um conselho formado por recuperandos que contribui decisivamente para a ordem, o respeito e o seguimento das normas e regras. Para isso, contam com o suporte de voluntários/as e funcionários/as, sem o concurso de policiais ou agentes penitenciários. A APAC conta com uma rotina diária que inicia às 6 horas da manhã e termina às 10 horas da noite. Durante o dia todos trabalham, estudam e se profissionalizam, evitando a todo custo a ociosidade. Na APAC as famílias são respeitadas e coparticipes da recuperação. Por meio de encontros formativos, celebrações e visitas aos lares, a APAC tenta, a todo custo, reatar os laços entre recuperandos e seus entes. A APAC recupera também a família de quem cumpre pena. Na APAC a espiritualidade é ecumênica. Cada recuperando é incentivado a assumir a fé que professa, de forma que possa fazer um encontro profundo com o Deus da Vida. O respeito à religião do outro é fundamental e orienta a espiritualidade apaqueana. Enfim, na APAC o cumprimento de pena é individualizado. Por isso as APACs são pequenas unidades, construídas nas próprias comunidades onde os recuperandos cumprem sua pena. São unidades idealizadas para receber no máximo 200 recuperandos. Um presídio que aplica a metodologia APAC é infinitamente mais vantajoso para o Estado, visto que um preso na APAC custa um terço do valor gasto no sistema prisional comum. Além disso, a construção de uma APAC é muito mais barata que a construção de um presídio grande que, quando superlotado, violenta os direitos humanos dos presos. Os resultados positivos tais como baixo índice de reincidência, baixo custo, ausência de violência e rebeliões e poucas fugas têm contribuído para que a metodologia APAC seja conhecida e aplicada. Nesse vídeo, a 3ª parte da reportagem em vídeo que frei Gilvander fez em sua visita à APAC de Lagoa da Prata, no centro-oeste de Minas Gerais.

Funcionário da APAC de Lagoa da Prata, MG; Dr. Mário, fundador da APAC e outro advogado assassinado na defesa dos Direitos Humanos dos presos. Foto: frei Gilvander

*Reportagem em vídeo de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Lagoa da Prata, 12 de setembro de 2018.
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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

APAC de Lagoa da Prata, MG: Organização, Disciplina, Humanização, Ressocialização - Vídeo 2 - 12/9/2018.

APAC de Lagoa da Prata, MG: Organização, Disciplina, Humanização, Ressocialização - Vídeo 2 - 12/9/2018.


Por ocasião da realização das missões da XXI Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, em Lagoa da Prata, Diocese de Luz, MG, em 2018, frei Gilvander Moreira visitou a APAC – Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (e à sua família e às vítimas e/ou suas famílias), que há 11 anos foi implantada na cidade. O objetivo da APAC é promover a humanização dos condenados que devem cumprir penas nas prisões, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena. Seu propósito é evitar a reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar e se ressocializar após o cumprimento da pena. O trabalho da APAC dispõe de um método de valorização humana, vinculada à espiritualidade, para oferecer ao condenado condições de recuperar-se, buscando em perspectiva mais ampla, a proteção da sociedade, o socorro às vítimas e a promoção da justiça restaurativa. Na APAC os presos são chamados de recuperandos e são corresponsáveis por sua recuperação. A presença de voluntários é fundamental oferecendo aos recuperandos a assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica. Na APAC, os recuperandos são tratados com respeito. Com uma disciplina necessária, a APAC conta com um conselho formado por recuperandos que contribui decisivamente para a ordem, o respeito e o seguimento das normas e regras. Para isso, contam com o suporte de voluntários/as e funcionários/as, sem o concurso de policiais ou agentes penitenciários. A APAC conta com uma rotina diária que inicia às 6 horas da manhã e termina às 10 horas da noite. Durante o dia todos trabalham, estudam e se profissionalizam, evitando a todo custo a ociosidade. Na APAC as famílias são respeitadas e coparticipes da recuperação. Por meio de encontros formativos, celebrações e visitas aos lares, a APAC tenta, a todo custo, reatar os laços entre recuperandos e seus entes. A APAC recupera também a família de quem cumpre pena. Na APAC, a espiritualidade é ecumênica. Cada recuperando é incentivado a assumir a fé que professa, de forma que possa fazer um encontro profundo com o Deus da Vida. O respeito à religião do outro é fundamental e orienta a espiritualidade apaqueana. Enfim, na APAC o cumprimento de pena é individualizado. Por isso as APACs são pequenas unidades, construídas nas próprias comunidades onde os recuperandos cumprem sua pena. São unidades idealizadas para receber no máximo 200 recuperandos. Um presídio que aplica a metodologia APAC é infinitamente mais vantajoso para o Estado, visto que um preso na APAC custa um terço do valor gasto no sistema prisional comum. Além disso, a construção de uma APAC é muito mais barata que a construção de um presídio grande que, quando superlotado, violenta os direitos humanos dos presos. Os resultados positivos tais como baixo índice de reincidência, baixo custo, ausência de violência e rebeliões e poucas fugas têm contribuído para que a metodologia APAC seja conhecida e aplicada. Nesse vídeo, a 2ª parte da reportagem em vídeo que frei Gilvander fez em sua visita à APAC de Lagoa da Prata, no centro-oeste de Minas Gerais.

Foto: Divulgação / Rede virtual

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terça-feira, 27 de agosto de 2019

GREG NEWS | MST







GREG
NEWS | MST – Imperdível.

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Grande empresa mente para impor projeto destruidor de direitos

Grande empresa mente para impor projeto destruidor de direitos
Por Gilvander Moreira[1]

Mulher camponesa atingida pela barragem e hidrelétrica de Itapebi, em Salto da Divisa, MG. Foto: Divulgação / www.aconteceunovale.com.br
As Grandes empresas sempre mentem para empurrar goela abaixo seus grandes projetos devastadores socioambientalmente. Fazem propaganda enganosa, omitem informações e escondem reais impactos que certamente acontecerão. Muitas vezes, quando o povo acorda os danos já se tornaram irreversíveis. Eis um exemplo: a construção da barragem e da hidrelétrica de Itapebi, no rio Jequitinhonha, no município de Salto da Divisa, na região do Baixo Jequitinhonha, MG. A empresa Neoenergia pisoteou em uma série de direitos humanos fundamentais de centenas de famílias camponesas que não foram apenas atingidas pela barragem, mas massacradas. A Neoenergia, por exemplo, forneceu apenas 21 barcos para 42 pescadores, o que era insuficiente para atender a todos eles. Alterou o estilo de pescar, pois com barco a motor tornou necessário um ajudante, combustível etc. Segundo os pescadores, após a construção da barragem, os peixes que eles costumavam pescar tornaram-se escassos, por diversos fatores: má qualidade da água, presença de peixes predadores inseridos na barragem pela empresa e ausência de uma “escada de peixe” para a piracema. “A comunidade diz que antes do empreendimento tinha fronteira [Cachoeira do Tombo], agora não tem, e o peixe não fica no lago” (Fala retirada da Ata de reunião no Fórum da Comarca de Jacinto entre representantes da Itapebi Geração de Energia S/A, realizada em 13/4/2010).
Como fruto da luta do Grupo de Apoio e Defesa dos Direitos Humanos de Salto da Divisa (GADDH), um dos principais símbolos da identidade de Salto da Divisa, a Cachoeira Tombo da Fumaça foi tombada como patrimônio paisagístico e turístico do estado de Minas Gerais, pela Lei nº 13.370/1999, mas, contra a vontade dos integrantes do GADDH, foi destombada, três anos após, pela Lei nº 14.324/2002 e, assim, submergida na área inundada pela barragem. Tomba-se e/ou destomba-se algo como patrimônio histórico de acordo com os interesses políticos e econômicos do momento de quem está no poder político atrelado aos interesses do poder econômico. Hilariante é que representantes do consórcio da barragem e hidrelétrica de Itapebi haviam afirmado que os patrimônios naturais de Salto da Divida e, especificamente, a Cachoeira Tombo da Fumaça, não seriam afetados pela instalação da barragem e da hidrelétrica. Segundo Morel Queiroz da Costa Ribeiro, após a constatação pela empresa de que o volume de água indicado inicialmente não seria suficiente para movimentar as turbinas, contrariando declaração realizada em audiência pública, segundo o representante da Associação dos Pescadores, em que foi destacado que “os  ‘tombamentos’ municipal e estadual e suas respectivas revogações revelam, claramente, o esforço que se empreendeu no sentido de se removerem todos os obstáculos ao investimento em um empreendimento cujos impactos socioambientais nunca foram, de fato, precisamente avaliados” (RIBEIRO, 2008, p. 75). 
A construção da barragem de Itapebi liquidou também com as atividades de extração de pedra e areia, realizadas às margens do rio Jequitinhonha por trabalhadores da construção civil. Com a formação do lago artificial, os locais antes explorados para a retirada de areia ficaram submersos. De acordo com Jorge Alexandre dos Santos, então presidente da Associação dos pescadores de Salto da Divisa, a empresa Itapebi, durante a construção da barragem, extraiu areia e pedra da região, e não pagou aos extratores ou à comunidade. A construção da barragem afetou também a categoria dos pedreiros, uma vez que a extinção das atividades de extração de pedra e areia acarretou um aumento no custo da construção civil e, consequentemente, a redução na oferta de emprego para os pedreiros.
A análise do processo de licenciamento ambiental revela uma série de irregularidades consumadas. Dentre as omissões técnicas constatadas, cabe ressaltar os impactos gerados à Cachoeira do Tombo da Fumaça. Segundo Ribeiro (2008), “os Estudos de Impacto Ambiental – EIA/RIMA – da UHE Itapebi afirmavam, ainda, expressamente, que a formação do reservatório não significaria a submersão do patrimônio natural representado pela Cachoeira do Tombo da Fumaça, que sofreria pequena interferência, com preservação de suas principais quedas” (RIBEIRO, 2008, p. 67).
Inicialmente, a empresa anuncia o projeto sempre atenuando e reduzindo os impactos socioambientais. Depois se apresentam aditivos ao projeto, aditivos já planejados, mas apresentados aos poucos para diminuir a resistência e a rejeição das populações atingidas. Isso também Ribeiro (2008) demonstra na sua dissertação. Diz Ribeiro: “Entretanto, após a concessão da Licença Prévia pelo IBAMA, e a partir de demandas oriundas do Conselho de Defesa do Meio Ambiente – CODEMA -, de Salto da Divisa, verificou-se que a formação do reservatório na cota 110 metros traria, na verdade, implicações muito maiores do que aquelas apresentadas pelo empreendedor e seu consultor ambiental” (RIBEIRO, 2008, p. 68).
Socioambientalmente a situação se tornou caótica. Os peixes da bacia do rio Jequitinhonha estão praticamente extintos, tais como:  curimba, camarão pitu, piabão, tico-prego, piau e longador. Com a construção da barragem e o alagamento da cachoeira Tombo da Fumaça, a maioria das espécies de peixes ficou a jusante (na parte de baixo) do rio Jequitinhonha e não consegue atravessar a barragem e os pescadores, que estão à montante (na parte de cima), não conseguem pescá-los. Para tentar consertar o estrago, a empresa lançou no lago artificial uma espécie de peixe conhecida como pintado, peixe que se alimenta das espécies nativas, e, assim, concorre com os pescadores na busca de alimento. “Constatamos também processos de cooptação de lideranças pelo prefeito que na época comandava a prefeitura de Salto da Divisa e também pela empresa da barragem de Itapebi, pois “havia integrante do GADDH que estava direto na prefeitura e na empresa” e que, inclusive, sugeriu o nome do prefeito para participar de audiência com o IBAMA, em Brasília, audiência que era para discutir a renovação da Licença de Operação da hidrelétrica. O advogado da Associação dos atingidos também parecia, em determinado momento, estar mais do lado da empresa e da prefeitura do que do lado dos atingidos. Tinha ficado acertado na audiência do dia 02 de julho de 2014 que quem iria participar da Audiência com o IBAMA seriam lideranças que estavam na audiência. O prefeito não estava e foi convidado por uma liderança do GADDH. Prova disso é que o prefeito deu emprego para dois integrantes do GADDH”, denunciou à época a Irmã Geraldinha.
Dia 02 de julho de 2014, houve audiência Pública em Salto da Divisa para ouvir os clamores e as reivindicações dos atingidos/massacrados pela Barragem de Itapebi.[2] Dia 20 de março de 2016, em reunião na sala da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Almenara, MG, representantes das associações dos atingidos da hidrelétrica de Itapebi apresentaram as seguintes reivindicações, na presença de militantes das Brigadas Populares, de advogadas do Coletivo Margarida Alves de Assessoria Popular, de agentes de pastoral da CPT e do deputado Estadual Dr. Jean Freire (PT): a) Reconhecimento dos 150 pescadores que perderam o trabalho por causa da barragem com ressarcimento pelo tempo sem trabalho; b) Limpeza, repovoamento do rio Jequitinhonha na área da barragem; c) Construção de escadaria para que os peixes possam subir na piracema; d) Reconhecimento e indenização pelo tempo parado das 86 lavadeiras que perderam a fonte de renda e o trabalho que exerciam no rio Jequitinhonha; e) Reconhecimento e indenização aos 48 extratores de pedras também atingidos pela construção da barragem; f) Compensação aos 174 pedreiros atingidos e projeto para continuidade da profissão; g) Reconhecimento dos garimpeiros artesanais e balseiros como categorias atingidas; h) Nova moradia ou indenização para construção de cerca 360 casas que estão em área de risco iminente, dentro da faixa de 100 metros à beira do lago da barragem; e i) Reforma de cerca de 200 casas que foram danificadas pelo impacto da barragem.
Nenhuma dessas justas reivindicações foi atendida efetivamente, exceto migalhas.

Belo Horizonte, MG, 27/8/2019.

Referência.
RIBEIRO, Morel Queiroz da Costa. O Licenciamento ambiental de aproveitamentos hidroelétricos: o espaço da adequação. (Dissertação de Mestrado em Geografia). Belo Horizonte: IGC/UFMG, 2008. Disponível em http://gestaprod.lcc.ufmg.br/app/public/index.php/conflito/getFile/854

Obs.: Abaixo, vídeos que versam sobre o assunto apresentado, acima.
1 - Atingidos pela barragem de Itapebi em Salto da Divisa, MG: Irmã Geraldinha. 12/08/14



2 - Promotor do MP/MG, de Jacinto, MG: compromisso com os atingidos pela Barragem de Itapebi. 08/06/16



3 - Pescadores de Salto da Divisa, MG, exigem seus direitos pisados por empresas e barragem. 08/06 /16



4 - Vazanteiros de Salto da Divisa, MG, lutam pelos seus direitos pisados pela barragem. 08/06/16



5 - Pedreiros de Salto da Divisa, MG, lutam pelos seus direitos pisados pela barragem. 08/06/16



6 - Em Salto da Divisa, MG, casas desabando pela barragem de Itapebi e extratores pisados. 08/06/16



7 - Lavadeiras de Salto da Divisa, MG, exigem seus direitos pisados pela Itapebi com barragem. 08/06/16






[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas; assessor da CPT, CEBI, SAB, CEBs e Movimentos Sociais Populares; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.com – www.gilvander.org.br - www.freigilvander.blogspot.com.br             www.twitter.com/gilvanderluis             Facebook: Gilvander Moreira III
[2] Cf. notas taquigráficas da ALMG.

Vidas ameaçadas pela mineradora Itaminas em Sarzedo/MG. Moradores/as pro...





Vidas ameaçadas pela mineradora Itaminas em Sarzedo/MG. Moradores/as protestam. 26/8/2019.

 Em Sarzedo, MG, mineradora Itaminas segue ameaçando vidas. Poeira tóxica, barragem e descumprimento de ordem judicial que suspendeu as atividades da mineradora. Moradores, mais uma vez, protestam contra a violência da Itaminas e exigem providências da Prefeitura. *Filmagem e fotos de moradores de Sarzedo, MG. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Apoio e divulgação: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Sarzedo, MG, 26 de agosto de 2019.

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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Frei Gilvander Moreira participa do Conselho Nacional de Direitos Humano...




Frei Gilvander representa a CPT em uma das 10 Comissões do CNDH.

Frei Gilvander Moreira representa a Comissão Pastoral da Terra (CPT) em uma das 10 Comissões do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH). Brasília, 14/8/2019.
O frei e padre carmelita Gilvander Luís Moreira destaca que o trabalho de proteção aos defensores dos diretos humanos é realizado em parceria com a sociedade civil e vários órgãos do Governo. Mais detalhes com Andréa Bonatelli. O "JCTV" é o jornal da REDEVIDA que traz as notícias da Igreja no Brasil e no Mundo. Aqui o telespectador pode acompanhar de perto os principais acontecimentos do Catolicismo. O jornal conta com correspondentes em todo o país, estabelece contato constante com as Dioceses e as pastorais de comunicação (PASCOM) e mantém parcerias com agências de notícias internacionais. O "JCTV" vai ao ar de segunda a sexta-feira ao vivo às 18h30. www.redevida.com.br/jctv

Frei Gilvander Moreira, em entrevista à Rede Vida, em Brasília, em reunião de Comissão do Conselho Nacional de Direitos Humanos, dia 13/8/2019. Foto: Divulgação / www.redevida.com.br

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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

APAC de Lagoa da Prata/MG: "O lugar certo pra quem quer mudar de vida." ...





APAC de Lagoa da Prata, MG: “O lugar certo pra quem quer mudar de vida.” (Robert, recuperando da APAC) – Vídeo 1 – 12/9/2018.

 Por ocasião da realização das missões da XXI Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, em Lagoa da Prata, Diocese de Luz, MG, em 2018, frei Gilvander Moreira visitou a APAC – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (e às suas famílias e às vítimas e/ou suas famílias), que há 11 anos foi implantada na cidade. O objetivo da APAC é promover a humanização dos condenados que devem cumprir penas nas prisões, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena. Seu propósito é evitar a reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar e se ressocializar após o cumprimento da pena. O trabalho da APAC dispõe de um método de valorização humana, vinculada à espiritualidade, para oferecer ao condenado condições de recuperar-se, buscando em perspectiva mais ampla, a proteção da sociedade, o socorro às vítimas e a promoção da justiça restaurativa. Na APAC os presos são chamados de recuperandos e são corresponsáveis por sua recuperação. A presença de voluntários é fundamental oferecendo aos recuperandos a assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica. Na APAC, os recuperandos são tratados com respeito. Com uma disciplina necessária, a APAC conta com um conselho formado por recuperandos que contribui decisivamente para a ordem, o respeito e o seguimento das normas e regras. Para isso, contam com o suporte de voluntários/as e funcionários/as, sem o concurso de policiais ou agentes penitenciários. A APAC conta com uma rotina diária que inicia às 6 horas da manhã e termina às 10 horas da noite. Durante o dia todos trabalham, estudam e se profissionalizam, evitando a todo custo ociosidade. Na APAC as famílias são respeitadas e coparticipes da recuperação. Por meio de encontros formativos, celebrações e visitas aos lares, a APAC tenta, a todo custo, reatar os laços entre recuperandos e seus entes. A APAC recupera também a família de quem cumpre pena. Na APAC a espiritualidade é ecumênica. Cada recuperando é incentivado a assumir a fé que professa, de forma que possa fazer um encontro profundo com o Deus da Vida. O respeito à religião do outro é fundamental e orienta a espiritualidade apaqueana. Enfim, na APAC o cumprimento de pena é individualizado. Por isso as APACs são pequenas unidades, construídas nas próprias comunidades onde os recuperandos cumprem sua pena. São unidades idealizadas para receber no máximo 200 recuperandos. Um presídio que aplica a metodologia APAC é infinitamente mais vantajoso para o Estado, visto que um preso na APAC custa um terço do valor gasto no sistema prisional comum. Além disso, a construção de uma APAC é muito mais barata que a construção de um presídio grande que, quando superlotado, violenta os direitos humanos dos presos. Os resultados positivos tais como baixo índice de reincidência, baixo custo, ausência de violência e rebeliões e poucas fugas têm contribuído para que a metodologia APAC seja conhecida e aplicada. Nesse vídeo, a 1ª parte da reportagem em vídeo que frei Gilvander fez em sua visita à APAC de Lagoa da Prata, no centro-oeste de Minas Gerais.

*Reportagem em vídeo de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Lagoa da Prata, 12 de setembro de 2018.
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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Carros de boi na Festa de N S da Abadia/Romaria/MG: Um canto de fé e vid...




Desfile de carros de boi na Festa de Nossa Senhora da Abadia, em Romaria, Alto Paranaíba, Arquidiocese de Uberaba, MG: Um canto de fé e vida! - Vídeo 2 - 10/8/2019.

De 1º a 15 de agosto de 2019, está acontecendo a 149ª Festa de Nossa Senhora da Abadia em Romaria, uma Nazaré brasileira de apenas 4 mil habitantes, na região do Alto Paranaíba, Arquidiocese de Uberaba, MG. O dia 11 de agosto foi marcado pelo desfile dos carros de boi vindos de diversos municípios do estado de Minas Gerais. Os carreiros viajam com a família, durante três, quatro ou até mais dias, dependendo de onde saem. No carro de boi levam tudo o que precisam pra viagem: alimentos, barracas, roupas e, sobretudo, a fé, a coragem, a esperança e a confiança em Nossa Senhora da Abadia. O desfile dos carros de boi é tradição na Festa de Nossa Senhora da Abadia e há quem participa dessa caravana desde os primeiros meses de vida. Tradição de família que vai sendo passada de geração em geração. Conta a história que o Santuário de Nossa Senhora da Abadia foi construído com ajuda dos carreiros e seus carros de boi. Foram eles quem trouxeram as pedras e a imagem há 149 anos. Nesse vídeo, o desfile dos carros de boi à frente do Santuário de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja, em Romaria, MG, no dia 10/8/2019, e a bênção com água benta pelo Arcebispo da Arquidiocese de Uberaba, Dom Paulo Mendes Peixoto.

Romeiros e romeiras de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja, que vieram de carro de bois, chegando no Santuário de Nossa Senhora da Abadia, na cidade de Romaria, na região do Alto Paranaíba, arquidiocese de Uberaba, MG, dia 11/8/2019. Foto: Divulgação / Santuário de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja.

*Reportagem em vídeo de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Romaria, Alto Paranaíba, MG, 11/8/2019.
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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Missa Sertaneja / Festa N. Sra. da Abadia, em Romaria/MG - Homilia de pa...



Missa Sertaneja / Festa Nossa Senhora da Abadia, em Romaria/MG - Homilia de padre Márcio André na abertura da XXII Romaria das Águas e da Terra de MG - 11/8/2019.

Missa Sertaneja na Festa de Nossa Senhora da Abadia, em Romaria, Alto Paranaíba, Arquidiocese de Uberaba, MG - Lançamento Oficial da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais - Homilia - Padre Márcio André, da Paróquia Sagrada Família, de Araxá, MG. *Filmagem de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI, e do Serviço de Comunicação do Santuário de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja, em Romaria/MG. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG.

Padre Márcio André e frei Gilvander na Missa Sertaneja de Lançamento da XXII Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais, na Praça do Santuário de Nossa Senhora da Abadia, em Romaria, na Arquidiocese de Uberaba, MG, dia 11/8/2019. Foto: Divulgação / Santuário de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja.
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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Lançamento oficial/XXII Romaria das Águas e daTerra/MG/Romaria/Arquidioc...





Lançamento oficial da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, em Romaria, Alto Paranaíba, Arquidiocese de Uberaba, MG - 11-8-2019.

Dia 11 de agosto, durante Missa Sertaneja, celebrada na Praça diante do Santuário da Mãe Abadia, com a participação das comunidades rurais do município de Romaria e dos setores da Paróquia, foi feito o lançamento da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, que acontecerá em Romaria, dia 10 de novembro próximo (2019), com o tema “Com a Mãe Abadia, as filhas e filhos e toda a natureza clamam em dores de parto!” e com lema: “Das águas sujas, em Romaria, na luta pela terra e pelas águas, fontes de vida!”. Após a realização de dezenas de romarias da terra no Triângulo Mineiro, pela 1ª vez acontecerá Romaria das Águas e da Terra em nível de estado na Arquidiocese de Uberaba, e serão anfitriões o arcebispo Dom Paulo Peixoto e o padre Márcio Ruback, reitor do Santuário de Romaria. A Romaria das Águas e da Terra já está acontecendo em processo. A imagem de São Francisco de Assis, patrono da romaria, está peregrinando por paróquias e comunidades da arquidiocese de Uberaba. Nos mês de agosto, setembro e outubro, as comunidades de toda a arquidiocese de Uberaba, nos seus Grupos de Reflexão, serão convidadas a realizar seis Encontros/Roteiros Bíblicos a partir do Tema e do Lema da XXII Romaria. Serão abordados assuntos, tais como: A XXII Romaria das Águas e da Terra de MG e as monoculturas, o agronegócio, a mineração, a crise hídrica, a devastação ambiental, agroecologia, agricultura familiar, uso abusivo de agrotóxicos na agricultura brasileira e a organização popular, imprescindível na resistência diante de tantas amputações de direitos trabalhistas, previdenciários e sociais. A XXII Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais tem como objetivo pastoral refletir, discutir e celebrar com as comunidades cristãs que lugar sagrado não são apenas os santuários e as catedrais e nem só padre, freira, pastor, bispo ou papa. A terra é sagrada, é mãe e é fonte de vida. “Água, fonte de vida” foi o tema da Campanha da Fraternidade de 2004. De fato, o “espírito de Deus está nas águas”, permeia e perpassa as águas, nos diz o segundo versículo da Bíblia. Portanto, se a humanidade continuar tratando terra e água como mercadorias, estará também acelerando o curso do fim da vida humana sobre o Planeta Terra, nossa única casa comum. Nas ondas da evolução, o Deus da vida criou toda a natureza para ser um jardim e quis que fôssemos jardineiros/as e cuidadores/ras da terra e das águas. O Paraíso terrestre não pode ser só uma coisa do passado, é preciso ser reconstruído.

*Filmagem de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI, e do Serviço de Comunicação do Santuário de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja, em Romaria/MG. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG.
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