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Carta aos Efésios: todos são família de Deus. Por frei Gilvander

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Despejo da Ocupação Nova Jerusalém/Nova Serrana/MG: Covardia e injustiça...

Despejo da Ocupação-Comunidade Nova Jerusalém, em Nova Serrana, no centro-oeste de MG: Covardia e injustiça que ferem a dignidade humana, a vida. 26/27 e 28/42018.

 Quinta-feira, dia 26 de abril de 2018. Um forte aparato da Policia Militar de Minas Gerais, com mais de 250 policiais militares fortemente armados, dez caminhões, retroescavadeiras e um helicóptero, realizou o despejo covarde e injusto de 150 famílias da Ocupação-Comunidade Nova Jerusalém, fazenda Canta Galo, em Nova Serrana/MG. O despejo aconteceu sem nenhuma alternativa prévia digna proposta. As famílias tiveram seus pertences levados, incluindo medicamentos de doentes crônicos, berço e roupinhas de crianças que estão pra nascer. Além disso, contrariando ordem judicial, suas casas foram arrombadas; e arrombada foi também sua dignidade humana, violados foram seus direitos. Toda essa violência moral, psicológica, toda essa humilhação aconteceu por decisão liminar de reintegração da juíza da Vara Agrária de MG, autorizada pelo Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), em apoio ao Prefeito Euzébio Lago (PMDB), de Nova Serrana, e a um grupo de prefeitos da região que formaram um Consórcio Intermunicipal de Aterro Sanitário e decidiram instalar na área, que é de preservação ambiental, o Aterro Sanitário (Lixão). Nessa área, as famílias cuidavam da terra, das águas, produziam alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, e conviviam em perfeita harmonia com a natureza, cuidando do meio ambiente. Após três despejos, dois deles arbitrários, sem mandato judicial, pela Polícia Militar de Minas Gerais, em dois dias, (da fazenda Canta Galo, da frente da fazenda e da beira da BR 494), as famílias reergueram acampamento ao lado do Rio Pará, próximo à fazenda Canta Galo, na região de Girassol, município de Nova Serrana/MG. Essas famílias encontram-se em situação de extrema vulnerabilidade social, e dependem da solidariedade de todas as pessoas de boa vontade. Que seja feita justiça e as famílias sejam reintegradas à terra de onde foram despejadas. 
*Imagens em vídeos colhidas na Internet – G1. 
Fotos e áudios enviados por moradores da região. 
Apoio: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. 
Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação da CPT/MG. 
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Ocupação Nova Jerusalém/Nova Serrana/MG: Luta por terra e pela Mãe Terra...

Ocupação Nova Jerusalém/Nova Serrana/MG: Luta por direitos e pela Mãe Natureza. Dr. Paulo César na ALMG. 25/4/2018

No dia 25 de abril de 2018, véspera da data marcada para o despejo da Ocupação-Comunidade Nova Jerusalém, em Serrana, no centro-oeste de MG, foi realizada, pela Comissão de Direitos Humanos da ALMG, Audiência Pública para tratar de conflitos fundiários no norte de Minas Gerais com a formação de milícias armadas do latifúndio. O despejo em Nova Serrana foi discutido. Um despejo inadmissível,  inconstitucional e covarde que, além de tirar mais de 150 famílias de camponeses e camponesas da terra onde trabalhavam, também é justificado pelo Poder Público como necessário para que na  área, que é de preservação ambiental, seja instalado um Aterro Sanitário. Ao lado do rio Pará, em área ambiental com muitas nascentes construir Aterro Sanitário é injustiça socioambiental gritante.

Nesse vídeo, a intervenção do Dr. Paulo César da Costa, Advogado da Associação de Moradores da Ocupação-Comunidade Nova Jerusalém.

*Vídeo original: TV Assembleia – ALMG. Apoio: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação da CPT/MG. Belo Horizonte/MG, 25/4/2018.

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O clamor do povo da Ocupação Comunidade Nova Jerusalém/Nova Serrana/MG. ...

O
clamor do povo da Ocupação-Comunidade Nova Jerusalém, em Nova Serrana, MG, na
Audiência Pública na ALMG, dia 25/4/2018.

Em Audiência Pública
realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no dia 25/4/2018,
moradores e apoiadores manifestaram-se indignados contra mandato judicial de
despejo da Ocupação-Comunidade Nova Jerusalém, em Nova Serrana/MG. Há mais de
seis anos na área pública, por muitos anos totalmente abandonada, as mais de
150 famílias que lá ocupavam, cuidavam com consciência ecológica da área que é
de preservação ambiental, cultivando a terra e produzindo alimentos de forma
agroecológica.

Nesse vídeo, o clamor dos
moradores da Ocupação, Rosângela Martins e Joaquim Guilherme, e de Clélia, da
Direção da FNL (Frente Nacional de Luta).
Vídeo original: TV
Assembleia – ALMG. Apoio: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI.
Edição de Nádia Oliveira, da
Equipe de Comunicação da CPT/MG. Belo Horizonte/MG, 25/4/2018. * Inscreva-se no
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sábado, 28 de abril de 2018

Despejo da Ocupação-Comunidade Nova Jerusalém/MG: Vidas são trocadas por...

Despejo da Ocupação-Comunidade Nova Jerusalém, em Nova Serrana/MG: Vidas de pessoas, vida das águas e da terra são trocadas por lixo. 26/4/2018.

 O despejo injusto e covarde da Ocupação-Comunidade Nova Jerusalém, de uma área pública, abandonada durante anos, mostra bem o perfil de governantes que não estão a serviço do bem comum: suas ações priorizam o capital em detrimento do ser humano, em detrimento da vida. O argumento usado para despejar as famílias da Ocupação-Comunidade Nova Jerusalém é a instalação, na área, de um aterro sanitário.(Outro nome que dão a “LIXÃO”.) E, que absurdo! É uma área de preservação ambiental, rica em vegetação, em águas, com muitas nascentes, muitos animais. Uma área onde as mais de 100 famílias produziam de forma agroecológica, sobrevivendo da terra e das águas, e delas cuidando com total zelo e responsabilidade. Despejaram as famílias, mas deixaram o gado de fazendeiros que se apropriam indevidamente dessa terra. Injustiça! Inversão de valores, própria do sistema capitalista. Nesse vídeo, o clamor do advogado Dr. Paulo César, de Nova Serrana, que abraça esta luta em defesa das famílias da Ocupação-Comunidade Nova Jerusalém e em defesa do Meio Ambiente, e o registro da operação do duplo despejo praticado contra as famílias da Ocupação.

* Vídeos e fotos enviados por moradores da região. Apoio de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação da Pastoral da Terra/MG. Belo Horizonte/MG, 27/4/2018.

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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Ocupação Nova Jerusalém em Nova Serrana/MG: Despejo, não! Respeito à leg...

Ocupação
Nova Jerusalém em Nova Serrana, MG: Despejo, não! Respeito à legislação, sim.
25/4/2018.

 Mais de 100 famílias que ocupam área próxima à
antiga Fazendo do Canta Galo, na Ocupação Nova Jerusalém, no município de Nova
Serrana/MG, vivem momentos de tensão, sob a iminência de despejo pra se cumprir
um mandato de reintegração de posse. Nesse vídeo, a intervenção de Dr. Élcio
Pacheco, Advogado Popular da RENAP (Rede Nacional de Advogadas Advogados
Populares), da CPT, da Via Campesina e membro da Comissão de Direitos Humanos
da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), na Audiência Pública realizada n
Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nessa quarta-feira, 25/4/2018,
manifestando-se de acordo com as famílias que decidiram pela resistência ao
despejo. Dr. Élcio afirma que o despejo é inconstitucional, porque não foram
ainda esgotadas todas as vias pacíficas de solução do conflito e porque fere a
legislação ambiental, considerando a localização da Ocupação, entre outras
irregularidades do processo.

Vídeo original: TV
Assembleia, da ALMG. Apoio: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI
Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação da CPT/MG. Belo
Horizonte/MG, 25/4/2018.

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Ocupação Nova Jerusalém/Nova Serrana/MG: direito à REURB: regularização...

Ocupação
Nova Jerusalém, em Nova Serrana, MG: cadê o direito à REURB – Regularização
Fundiária Urbana? Despejo covarde. 25/4/2018.

A Ocupação Nova Jerusalém,
em Nova Serrana/MG, com mais de 100 famílias há mais de 5 anos, está com reintegração
de posse prevista pra essa quinta-feira, 26/4/2018. Um despejo injusto,
inconstitucional, covarde, imoral. Nesse vídeo, o pronunciamento da Defensora
Pública, em atuação na Defensoria Especializada de Direitos Humanos, Coletivos
e Socioambientais (DPDH), Dra. Ana Cláudia Alexandre, na Audiência Pública
realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais nessa quarta-feira, 25 de
abril de 2018, alertando para a ilegalidade dessa ação, que desrespeita o
direito à moradia das famílias e ignora também o direito que têm à REURB –
Regularização Fundiária Urbana.

Vídeo original: TV
Assembleia da ALMG. Apoio: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI.
Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação da CPT/MG. Belo
Horizonte/MG, 25/4/2018.

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terça-feira, 24 de abril de 2018

Mortandade de peixes e mobilização contra o avanço da mineração na Zona...

Mortandade de peixes e avanço da mineração na Zona da Mata, MG.  04/3/2018.

Agentes de Pastoral da CPT-MG (Comissão Pastoral da Terra) na Zona da Mata/MG denunciam mortandade de peixes no rio Santa Bárbara, município de Miradouro/MG,  falam do avanço da mineração na região e da mobilização e resistência de comunidades contra mais esse atentado do capital  às terras e às aguas, contra a vida.

* Reportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação do CPT/MG. Sabará/MG, 04/3/2018.

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Final do I Encontro das Mulheres da CPT-MG . 04/3/2018.

Final
do I Encontro das Mulheres da CPT-MG, em Belo Horizonte, 04/3/2018.

Aconteceu, nos dias 3 e 4 de
março de 2018, um momento histórico na Comissão Pastoral da Terra, em Minas
Gerais (CPT-MG). Foi realizado o I Encontro de Mulheres da Comissão Pastoral da
Terra de Minas Gerais. Em 30 anos de história, foi a primeira vez que as mulheres
da CPT-MG se reuniram para debater uma pauta elaborada por e para as mulheres
que estão na luta pela terra, água, justiça e dignidade no campo.

*Reportagem de frei
Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, da
Equipe de Comunicação da CPT/MG. Sabará/MG, 04/3/2018.

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Atriz Cristina Pereira, do MHuD(Movimento Humanos Direitos), em defesa d...

Atriz Cristina Pereira, do MHuD (Movimento Humanos Direitos), denuncia injusta prisão do Padre Amaro

A atriz Cristina Pereira, do MHuD - Movimento Humanos Direitos,também denuncia o processo de criminalização da luta por direitos dos povos do campo, que encarcerou, injustamente, Padre Amaro, Agente de Pastoral da CPT e companheiro de luta de irmã Dorothy Stang.

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23/4/2018, três vídeos: Pimentel, Kalil e a PM de MG fazem “sexta-feira da paixão” no centro de Belo Horizonte. PM reprimindo professoras/res! Que covardia!!!

23/4/2018, três vídeos: Pimentel, Kalil e a PM de MG fazem “sexta-feira da paixão” no centro de Belo Horizonte. PM reprimindo professoras/res! Que covardia!!!



Professoras/es da Educação Infantil da Rede Municipal de Educação da Prefeitura de Belo Horizonte, MG, na manhã de hoje, dia 23/4/2018, em greve, foram atacados covardemente e cruelmente, enquanto se manifestavam pacificamente na porta da Prefeitura de Belo Horizonte (prefeito Alexandre Kalil, do PHS), por forte aparato militar da tropa de choque da Polícia Militar de Minas Gerais do Governo de MG, Fernando Pimentel (PT). Com caveirão, bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta, a polícia Militar de MG reprimiu professoras/es, vários foram presos, após serem arrastados e quase asfixiados. Polícia reprimir professoras/es que educam crianças é repugnante, nojento, execrável, sem nenhuma justificativa. “Eu fico com a pureza da resposta das crianças” e com a luta justa e legítima das professoras!
Após conquistarem seus direitos, ao voltarem à sala de aula, as crianças perguntarão: “Professoras, por que a polícia militar bateu em vocês daquele jeito tão covarde, dia 23/4/2018?” As professoras dirão o motivo: “Nós, professoras/es da Educação Infantil da Rede Municipal de Belo Horizonte, estávamos simplesmente reivindicando de forma pacífica a equiparação salarial com as/os professoras/es do Ensino Fundamental”. Isso é legítimo.
Aliás, as/os professoras/es da educação infantil deveriam receber mais do que os deputados e secretários de prefeitos, assim como os garis deveriam receber mais do que os médicos, pois os garis, ao cuidarem do ambiente, cuidam da saúde de todos. Governos e policiais que batem em professoras/es não têm moral nenhuma e cometem atos de covardia.
Alegar que tinha que liberar a Avenida Afonso Pena é desculpa esfarrapada. Por que não desviam o trânsito? É pura truculência. Assim como se deram mal os podres poderes da política, da economia e da religião ao fazerem a sexta-feira da paixão, porque Jesus de Nazaré ressuscitou ao terceiro dia, na luta e na raça, as professoras/es do SIND-REDE escreveram hoje: haverá, sim, um domingo de ressurreição que as/os professoras/es da Educação Infantil estão construindo, com equiparação salarial com as/os professoras/es do Ensino Fundamental. Lutar não é crime!
Nossa admiração e apoio às/aos Professoras/es da Educação Infantil da Rede Municipal de Belo Horizonte e ao SIND-REDE. E nosso veemente repúdio a mais essa repressão nojenta. E mais, quem cumpre ordens injustas também comete injustiça.

Assina essa Nota Pública:
Comissão Pastoral da Terra (CPT)

Belo Horizonte, MG, 23/4/2018 às 21h51.

Obs.: Assista, abaixo, três vídeos SEM EDIÇÃO que mostrarão por muitas décadas uma imensa injustiça acontecida em Belo Horizonte, MG, na manhã de hoje, dia 23/4/2018: Tropa de choque da PM de MG reprimindo professoras/es da educação infantil. 





Não basta comunhão espiritual. Exige-se fraternidade econômica.


Não basta comunhão espiritual. Exige-se fraternidade econômica.
Gilvander Moreira[1]


Diante da avalanche de desencarnação da fé cristã e de tantos movimentos religiosos espiritualizando e volatilizando o Ensinamento e o Evangelho de Jesus Cristo, gerando com isso descompromisso com os explorados diante das injustiças sociais faz-se necessário resgatarmos a atuação das Primeiras Comunidades Cristãs para as quais ser ecumênico implicava enfrentar barreiras doutrinárias e superá-las.
Na Bíblia, no livro de Atos dos Apóstolos, barreiras doutrinárias são rompidas, uma a uma, até o capítulo 15, onde se vence a maior de todas: a necessidade de circuncisão. A partir de At 15,36, barreiras vencidas, as portas para uma evangelização inculturada e ecumênica são escancaradas. Eis, abaixo, algumas das muitas barreiras que foram superadas, em parte ou totalmente, pelas Primeiras Comunidades Cristãs, segundo o livro de Atos dos Apóstolos:
A mesa comum. Antes um judeu não podia entrar na casa de um pagão e, muito menos, comer com ele. Após sair de Jerusalém, da igreja-mãe, em missão, o apóstolo Pedro percorre todos os lugares e convive com os estranhos. Pela convivência e solidariedade, ao encontrar paralíticos, os cura. Pedro permanece vários dias na cidade de Jope, hospedado na casa de um curtidor de couro chamado Simão (cf. At 9,32-35.43). Entra na casa de um oficial militar romano, na cidade de Cesareia (At 11,12). Assim, ao conviver com os outros discriminados, a impossibilidade de mesa comum entre judeus e pagãos cai por terra.
A herança de Israel (Lei Mosaica) passa a ser de todos e não somente dos judeus. As primeiras comunidades fazem a experiência segundo a qual Deus não faz discriminação de nenhuma ordem (cf. At 10,15).
Templos e sinagogas não são mais os centros sagrados e orientadores da vida das comunidades, mas a missão acontece a partir das Casas (oikia, em grego). A casa de Simão, o curtidor de couro (At 9,43), a casa de Cornélio (At 10,1), a casa da Maria, mãe de João Marcos (At 12,12), a casa do procônsul Sérgio Paulo (At 13,7), a casa de Filipe, o Evangelista (At 21,8) etc.. De casa em casa, o projeto do movimento popular-religioso de Jesus de Nazaré irradia da Galileia, passando por Jerusalém, até os confins da terra: Roma, que era a capital do império Romano e considerada o centro do mundo. Entretanto, para as primeiras comunidades cristãs, segundo Atos dos Apóstolos, Roma passa a ser “fim do mundo”, lugar desprezível. O centro irradiador passa a ser Jerusalém, onde Jesus, inocente e justo, foi condenado covardemente, mas ressuscitou.
Os pagãos são aceitos nas comunidades cristãs, sem serem circuncidados. O Concílio de Jerusalém (cf. At 15,1-35) atesta um salto de qualidade na caminhada das primeiras igrejas cristãs ao concordar com os clamores da igreja periférica de Antioquia. que advogava a superação da barreira da circuncisão como condição para ser cristão.
A lógica e a ideologia do Império Romano vão sendo minadas e corroídas pela vida organizada em comunidades, e não mais sob a primazia do individualismo, da concorrência e nem da propriedade privada. As comunidades cristãs percebem que, diante de um império muito poderoso, a melhor estratégia é a infiltração e não o confronto. Como cupim debaixo da ponte, as comunidades cristãs vão solapando os falsos valores defendidos pela ideologia dominante do império. Viver em comunidade, lutar de forma coletiva e organizada passa a ser o facho de luz que ilumina o caminho rumo à construção de uma sociedade justa, solidária, ecumênica e sustentável ecologicamente, dizemos hoje.
O abismo entre Ricos e Pobres é revelado e se constrói pontes. Atos dos Apóstolos mostra pessoas legadas à institucionalidade aderindo ao projeto do Evangelho de Jesus Cristo. Assim sendo, começa a se tentar comunicação entre os opressores e oprimidos. Com a convivência com o outro marginalizado, com comunicação afetiva e efetiva muitos preconceitos, tabus e distanciamentos vão dissolvendo-se como o castelo de areia.
Patriarcalismo e o machismo são questionados pela presença e protagonismo das mulheres nas Primeiras Comunidades Cristãs, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da primeira hora[2].
A partir do encontro do apóstolo Pedro com o oficial militar Cornélio, desmorona a barreira cultural-religiosa e doutrinária entre judeus e não-judeus. Nos Atos do apóstolo Pedro (Atos 10,1-11,18), temos a narrativa de duas conversões entrelaçadas e interdependentes: a conversão de oficial militar Cornélio e de toda a sua casa-comunidade e a conversão de Pedro e de parte da igreja judeu-cristã hebraica de Jerusalém. À primeira vista, o Espírito atuou em Cornélio, mas observando nas entrelinhas, vemos que o Espírito agiu também e principalmente no apóstolo Pedro. Atualmente, o Espírito profético do Deus da vida atua do mesmo modo nas pessoas evangelizadoras e nas pessoas evangelizadas, independente das igrejas. Pedro evangelizava as comunidades judeu-cristãs das cidades de Lida e Jope. Sob o influxo do Espírito profético de Jesus ressuscitado, Pedro mudou seu programa e o levou onde ele jamais pensava ir. O rompimento/superação de barreiras doutrinárias e preconceitos convida para a comunhão total de vida. Eis outra característica do ecumenismo segundo o livro de Atos dos Apóstolos: comunhão total de vida.
O ecumenismo nos leva a um sentimento de pertença a todos e a tudo. Ser pessoa ecumênica implica sentir-se elo vivo da grande comunidade de vida, em uma comunhão real e total. Para o apóstolo Paulo e também para o evangelista Lucas, o que caracteriza as comunidades cristãs é uma comunhão total: material, espiritual com participação na mesma mesa. Não basta fraternidade espiritual ou de amizade, mas exige-se fraternidade econômica, política e cultural. O arcebispo emérito de Porto Velho, dom Moacyr Grechi, ao investigar denúncias de torturas de trabalhadores rurais boias-frias, disse: "Quero uma reunião somente com os trabalhadores, pois junto com os patrões eles não estarão livres para dizer a verdade." Não agradam ao Espírito profético do Deus da vida pessoas que se encontram para a eucaristia aos domingos, mas que durante a semana oprimem e exploram a dignidade humana das/os trabalhadoras/es e/ou da mãe terra, da irmã água e outros seres vivos da natureza. O autor da Obra Lucana (Evangelho de Lucas e Atos dos Apóstolos) quer romper as contradições entre grupos e as pessoas. Se ricos e pobres,  judeus e não-judeus, homens e mulheres, trabalhadores e patrões comem em lugares diferentes, moram em casas de condições muito diferentes, o cristianismo terá um conteúdo diferente para cada grupo e não haverá realmente comunhão verdadeira. É ilusória a fraternidade social e a democracia na qual: a) uns poucos se banqueteiam e outros passam fome; b) uns têm casas próprias, às vezes luxuosas, e milhões de famílias sobrevivem debaixo de pesadíssima cruz do aluguel – vítimas da falta de reformas agrária e urbana; c) uns acumulam demais, como os banqueiros e as empresas transnacionais, e outros têm sua força de trabalho roubada; d) uns vivem no luxo e outros sobrevivem do/no lixo; e) uns detêm os poderes econômico, político e midiático e outros são superexplorados. Enfim, uma igreja que se apega e casa com os poderes podres trocou o Evangelho de Jesus Cristo por uma aliança com forças capitalistas, diabólicas e opressoras.
A comunhão eclesial requerida pelo Evangelho de Jesus Cristo é, antes de tudo, uma comunhão material, corporal: as pessoas devem estar lado a lado, comerem da mesma comida, partilhando alegrias e angústias. Uma missão direcionada aos não-cristãos implica uma aproximação das relações sociais com gente considerada impura e fora da moralidade hegemônica. Olhando a partir dos/as excluídos/as das nossas igrejas, constatamos com pesar que a Lei do puro e do impuro, de modo disfarçado, continua em plena vigência.

Belo Horizonte, MG, 24/4/2018.

Obs.: Os vídeos, abaixo, ilustram o texto, acima.
1)   Via Sacra do Povo da Ocupação-Comunidade Dandara, em Belo Horizonte, MG. 30/3/2018.

2)   Luta une o povo das Ocupações Vila Esperança, no Betânia e Carolina Maria de Jesus, do MLB, em Belo Horizonte, MG. 12/1/2018.




[1]Frei e padre da Ordem dos carmelitas; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália; doutor em Educação pela FAE/UFMG; assessor da CPT, CEBI, SAB, Ocupações Urbanas e Movimentos Populares Urbanos; Professor na pós-graduação de Direitos Humanos e Movimentos Populares no IDH, em Belo Horizonte, MG; e-mail: gilvanderlm@gmail.comwww.freigilvander.blogspot.com.br - www.gilvander.org.brwww.twitter.com/gilvanderluis - Facebook: Gilvander Moreira III


[2] Cf. At 16,1.11-18.40; 17,4.12.34; 18,1; 21,5.9; 22,4; 23,16; 24,24; 25,13.23; 26,30.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

CPT/MG: 40 anos, 1979 a 2019. Celso: Uma vida de luta e resistência. 1ª...

Nos caminhos e nas trilhas da CPT/MG: 40 anos de luta - 1979 a 2019 – Celso de Souza Silva: Uma vida de luta e resistência. 1ª Parte – 10/3/2018.

Em 2019, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Minas Gerais, vai celebrar seus 40 anos de luta junto aos camponeses e camponesas, junto aos Movimentos Sociais Populares, sempre no seguimento radical ao Projeto de Jesus de Nazaré, no compromisso com a justiça social e ambiental, com a dignidade humana,  com a vida e vida em abundância para todos e todas. Frei Gilvander Moreira e Equipe de Resgate dos 40 anos de luta da CPT/MG dedicam-se a resgatar a memória histórica dessa caminhada, colhendo depoimentos, relatos, testemunhos, histórias e vivências de Agentes de Pastoral da CPT/MG e/ou de pessoas a eles /elas ligados. Nesse vídeo, a 1ª parte da reportagem feita com Celso de Souza Silva, de Araçuaí, região do Médio Jequitinhonha, ex-Agente de Pastoral da CPT/MG, que, contando um pouco da história da sua vida, nos apresenta uma grande lição de luta e resistência.

*Reportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição da Professora Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação da CPT/MG. Araçuaí/MG, 10 de março/2018.

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terça-feira, 17 de abril de 2018

CPT/MG: 40 ANOS. Joaquim Nicolau: Uma vida de luta por direitos/2ª Parte...

CPT/MG: 40 ANOS – Joaquim Nicolau, por sua esposa, Maria dos Reis: Uma vida de luta por direitos – 2ª Parte.  07/3/2018.

A Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Minas Gerais, caminha para a celebração de seus 40 anos de luta em 2019, inspirada pela memória subversiva do Evangelho de Jesus de Nazaré. Frei Gilvander Moreira e equipe de Resgate dos 40 anos de luta da CPT/MG mobilizam-se para colher depoimentos, relatos, histórias e testemunhos de Agentes de Pastoral da CPT ou  pessoas a eles ligadas, para que seja resgatada a memória histórica dessa luta solidária, transformadora, libertadora,  junto aos camponeses e camponesas, Nesse vídeo, a 2ª parte do depoimento de Dona Maria dos Reis, viúva de Joaquim Nicolau, com destaque para a atuação de Joaquim Nicolau como Agente de Pastoral da CPT/MG no Vale do ex-rio Doce, a partir da cidade de Governador Valadares. Uma vida de luta em defesa dos oprimidos, dos sem terra, sem voz e sem vez.

*Reportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição da Professora Nádia Oliveira, de Conceição das Alagoas/MG, da Equipe de Comunicação da CPT/MG. Governador Valadares/MG, 07/3/2018.

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Ecumenismo e prática da justiça agradam a Deus


Ecumenismo e prática da justiça agradam a Deus
Por frei Gilvander Moreira[1]

Atualmente, diante de tanto fundamentalismo, moralismo, intolerância, ódio despejado no tecido social e preconceitos com relação à multiplicidade de igrejas e à diversidade de religiões, faz bem olharmos para a experiência das primeiras comunidades cristãs, pois elas buscavam colocar em prática um ecumenismo libertador com prática da justiça. Pode parecer anacronismo falar em ecumenismo nas primeiras comunidades cristãs a partir de Atos dos Apóstolos, na Bíblia, mas se justifica, pois não existiu somente uma igreja cristã primitiva, mas muitas igrejas cristãs primitivas se relacionando com pessoas de outras religiões, inclusive.
Após a experiência da ressurreição de Jesus Cristo, na década de 30 do 1º século da era cristã, ao longo de muitas décadas, a partir das casas (oikia, em grego), várias igrejas-comunidades foram se constituindo a partir da igreja-mãe de Jerusalém: igrejas da Samaria, de Cesareia, de Antioquia, de Roma, de Corinto, de Tessalônica, de Filipos, da Galácia, de Éfeso, de Colossas, de Esmirna, de Pérgamo, de Tiatira, de Sardes, de Filadélfia, de Laodiceia, de Roma e muitas outras, nessas cidades e em outras não registradas no Segundo Testamento bíblico, provavelmente. Eram igrejas que buscavam cultivar o respeito ao diferente nas suas relações internas e também na sua relação com outras igrejas que, mesmo sendo cristãs, tinham ensinamento e práticas distintas. Assim sendo, podemos dizer que segundo a obra de Lucas – Evangelho de Lucas (Lc) e Atos dos Apóstolos (At) -, as primeiras comunidades cristãs tinham entre suas prioridades conviver de forma ecumênica.
As primeiras comunidades cristãs buscavam a unidade entre elas com base na diversidade e na pluralidade e regiam-se por um projeto de justiça social, de comunhão, de convivência fraterna, de respeito mútuo, de partilha do pão e oração. No livro de Atos dos Apóstolos há uma valorização da alteridade, do outro injustiçado. É a partir do outro e, especialmente, do outro que é injustiçado, que se analisa a realidade e se atua de forma emancipatória. Uma convicção guiava todos/as: o Espírito Santo está em nós como está no outro (At 10,44-45). Não se estabelecia hierarquias entre as igrejas e nem entre as pessoas religiosas. Buscava-se uma sociabilidade justa e de respeito mútuo, onde a troca de experiências enriquecia a todos/as.
Identificamos nove posturas ecumênicas nas primeiras comunidades-igrejas cristãs. Uma delas é o desapego de doutrinas. Ser ecumênico significa desapegar-se de doutrinas e colocar a vida humana – envolvendo também todos os biomas e os seres vivos - acima de tudo. Isso era buscado pelos primeiros cristãos e cristãs. Segundo Atos dos Apóstolos, o apóstolo Pedro teve a grandeza de se desvencilhar da doutrina/lei da pureza e da impureza. Ele se desinstalou da capital Jerusalém, onde nasceu e se desenvolveu a comunidade-mãe, e partiu para a missão no meio dos injustiçados e discriminados. Conviveu por algum tempo com Simão, seu xará, que era um curtidor de couro, considerado o mais impuro entre os impuros. Convivendo com os considerados impuros e, por isso, rejeitados, Pedro empreende um bonito processo de conversão. Pedro foi ao encontro do oficial militar romano Cornélio, mas teve de justificar sua conduta perante a igreja-mãe, em Jerusalém (At 11,1-18). Pedro arcou com as conseqüências da sua postura aberta e inculturada. Voltando a Jerusalém, “foi encostado na parede” e interrogado. Dois grupos se enfrentaram: de um lado, os apóstolos e irmãos da Judeia, os apegados à circuncisão, censuravam Pedro por ter entrado em casa de incircuncisos e comido com eles (At 11,3). Do outro lado, o próprio Pedro, com a experiência do Pentecostes dos gentios (At 10,44.47) no coração e na mente (At 11,17).
Pedro teve de partilhar sua experiência de Deus vivida no meio dos gentios, ignorados e rejeitados. O autor de Atos dos Apóstolos registra que a conversão do apóstolo Pedro contribuiu para a conversão da Igreja-mãe, a de Jerusalém (At 11,4-18). Por três vezes Pedro ouviu: “Não chame de impuro o que Deus purificou” (At 11,9); e por três vezes esse acontecimento é narrado em Atos dos Apóstolos. Isso mostra a interpretação rigorosa que alguns faziam das leis, e aponta a barreira que devia ser superada. As primeiras comunidades cristãs sofriam no próprio corpo as conseqüências dramáticas da doutrina/lei da pureza e da impureza. “Um povo inteiro” era marginalizado e considerado impuro, principalmente as mulheres, os pobres, os doentes e os estrangeiros. O Espírito de Deus aponta insistentemente em outra direção: para Deus não existe puro e impuro. Para Deus tudo é sagrado, “é bom, muito bom” (Cf. Gênesis 1). O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó ama a todos/as sem discriminação, não rejeita ninguém.
Provavelmente havia na comunidade cristã de Jerusalém um grupo radical e outro moderado. O motivo da reprovação não foi o fato de Pedro batizar estrangeiros (At 10,44-48), mas a entrada de Pedro em casa de uma pessoa pagã, considerada impura, e a refeição comum de ambos. Em sua defesa, Pedro acentua a iniciativa divina, e os de Jerusalém acabam por abrir-se à ação do Espírito no meio dos injustiçados (At 11,18).
O episódio do militar Cornélio ocupa um lugar de destaque em Atos dos Apóstolos: foi uma antecipação da “Assembléia de Jerusalém”, em At 15,1-35, que levou à superação da maior barreira: a circuncisão, e preparou as missões do apóstolo Paulo (At 15,36–19,20). Cornélio representava o Império Romano e o modo como Lucas achava que as pessoas deviam comportar-se em relação ao império. O oficial romano Cornélio não se fechou e nem pôs condições. Pedro falou e ele ouviu atentamente o Evangelho de Jesus Cristo. Para Lucas, não era impossível que funcionários públicos do império romano se convertessem e, assim, pusessem serviços e estruturas do império à disposição da irradiação da Palavra de Deus, o projeto do evangelho de Jesus Cristo: todos vivendo dignamente. Com esse exemplo, o autor de Atos dos Apóstolos espera conquistar para o projeto de Jesus Cristo aliados no meio dos altos funcionários romanos. Enfim, agrada a Deus quem pratica justiça libertadora e vive de forma ecumênica.
Belo Horizonte, MG, 17/4/2018.

Obs.: Os vídeos, abaixo, ilustram o texto, acima.

1)   Diversidade Religiosa - Professor Mateus – Ateísmo, na Escola Municipal Machado de Assis, em Contagem/MG, 23/11/2017.

2)   Joaquim Dias - Diversidade Religiosa – Kardecismo, na Escola Municipaç Machado de Assis, em Contagem/MG, 23/11/2017.

3)   Pastor José Barbosa - Igreja Batista - Diversidade Religiosa, na Escola Municipal Machado de Assis, em Contagem/MG, 23/11/2017.

4)   Frei Gilvander: Diversidade Religiosa - Igreja Católica, na Escola Machado de Assis, em Contagem, MG, 23/11/17.

5)   Pai Juvenal de Oxalá - Diversidade Religiosa – Umbanda, na Escola Muncipal Machado de Assis, em Contagem, MG, 23/11/2017.



[1]Frei e padre da Ordem dos carmelitas; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália; doutor em Educação pela FAE/UFMG; assessor da CPT, CEBI, SAB, Ocupações Urbanas e Movimentos Populares Urbanos; Professor na pós-graduação de Direitos Humanos e Movimentos Populares no IDH, em Belo Horizonte, MG; e-mail: gilvanderlm@gmail.comwww.freigilvander.blogspot.com.br - www.gilvander.org.brwww.twitter.com/gilvanderluis - Facebook: Gilvander Moreira III



segunda-feira, 16 de abril de 2018

Dona Vilma, 73 anos, em Belo Horizonte/MG: JUSTIÇA PARA DONA VILMA! - 3ª...

Dona Vilma, 73 anos, em Belo Horizonte/MG – Contra a especulação imobiliária e a segregação racial, gritamos: JUSTIÇA PARA DONA VILMA! - 3ª Parte. 07/4/2018.

Dona Vilma, negra e pobre, 73 anos, esta sob a ameaça de uma ordem injusta de despejo desde 2011, resultado de ação movida pela Prefeitura Municipal de BH, na gestão do ex-prefeito, Márcio Lacerda. Recentemente, graças à luta e mobilização de uma ampla Rede de Apoio, essa  ação de despejo foi suspensa e a Prefeitura de Belo Horizonte fala em ceder o  direito vitalício de uso da propriedade à Dona Vilma. Essa iniciativa não é justa, pois não reconhece a família de Dona Vilma como proprietária de um terreno que lhe pertence há mais de 100 anos, conforme documentação apresentada, inclusive com pagamento de taxas de IPTU ao município, desde 1930, negando assim direitos aos seus filhos e às futuras gerações da família. NÃO SE CEDE AQUILO QUE É DE DIREITO. Nesse vídeo, o depoimento da Vereadora Cida Falabella, do PSOL/BH e de  representantes do Coletivo Dona Vilma Fica e da própria Dona Vilma.

*Reportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição da Professora Nádia Oliveira, de Conceição das Alagoas/MG. 3ª Parte. Belo Horizonte/MG, 07/4/2018.

* Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander e assista a outros vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.





domingo, 15 de abril de 2018

CPT/MG: 40 ANOS. Joaquim Nicolau, por sua esposa, Maria: Luta que mudou ...

CPT/MG:
40 ANOS DE LUTA, em 2019. Joaquim Nicolau, por sua esposa, Maria dos Reis: Luta
que mudou vidas. 1ª Parte – 07/3/2018.

Na celebração dos 40 anos da
CPT (Comissão Pastoral da Terra) de Minas Gerais, em 2019, frei Gilvander
Moreira e equipe desenvolvem resgate da Atuação da CPT em MG nos últimos 40
anos, colhendo depoimentos, testemunhos, histórias de agentes de pastoral da CPT
e/ou de pessoas ligadas a esses/essas agentes, à sua luta. Nesse vídeo, o
depoimento de Dona Maria dos Reis Silva, viúva de Joaquim Nicolau, de
Governador Valadares/MG: a militância de Joaquim Nicolau como sindicalista, a
luta por direitos como agente de pastoral da CPT, o testemunho profético como
cristão.

*Reportagem de frei
Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição da Professora Nádia
Oliveira, de Conceição das Alagoas/MG, da Equipe de Comunicação da CPT/MG. 1ª
Parte. Belo Horizonte/MG, 07/3/2018.

* Inscreva-se no You Tube,
no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander
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“EU NÃO MUDO DE OPINIÃO. DA OCUPAÇÃO EU NÃO SAIO NÃO!” Nota sobre 2 Decretos do prefeito de BH, Kalil


“EU NÃO MUDO DE OPINIÃO. DA OCUPAÇÃO EU NÃO SAIO NÃO!” Nota pública sobre os dois Decretos do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, dia 12/4/2018.


Só a luta muda a vida. É com esse espírito que o povo trabalhador que vive nas ocupações de Belo Horizonte recebeu a notícia de que 119 áreas da cidade foram reconhecidas pelo Prefeito Alexandre Kalil (PHS) como Assentamentos Sociais, bairros populares que há muitos anos já deveriam ter sido regularizados e urbanizados pela Prefeitura e pelo Governo do Estado.
No entanto, ao contrário do que foi divulgado pela mídia, as Ocupações-comunidades da Izidora não foram reconhecidas como Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS). O que ocorreu foi o reconhecimento das três ocupações da Izidora - Rosa Leão, Vitória e Esperança – e da Ocupação-comunidade Helena Greco, ao lado da Rosa Leão, como Assentamentos de Interesse Social, conforme previsto pela nova lei de regularização fundiária, Lei Federal 13.465/2017.
É, sem dúvidas, um passo importante na luta de milhares de famílias ocupantes, das Brigadas Populares (BP), do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Coletivo Margarida Alves (CMA), da Associação dos Arquitetos Sem Fronteira e da Rede de Apoio que constituíram uma força social impressionante, um exemplo de luta e resistência para todo o Brasil. Nesses últimos dez anos foram centenas de marchas, trancamentos de trânsito, atos culturais e resistência direta às repressões do Estado. Dias 19 e 20 de março, o povo das Ocupações da Izidora acampou na porta da prefeitura de Belo Horizonte e pressionou o prefeito Kalil a declarar as ocupações como Áreas Especiais de Interesse Social, reivindicação que fazemos há cinco anos, desde o início das Ocupações da Izidora no primeiro semestre de 2013. Apesar da demarcação como AEIS não ter ocorrido, conquistamos a declaração das Ocupações-comunidades como Assentamentos Sociais! Por isso, embora importante, a vitória é parcial. Além disso, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) e o Governador Fernando Pimentel (PT) seguem não reconhecendo a luta das ocupações como justa e legítima, optando por manter uma política injusta, imoral e, muitas vezes, ilegal de despejos e violência contra o povo pobre.
É importante ressaltar também que esse decreto veio acompanhado de um outro decreto, injusto e inconstitucional, que reforça medidas para desocupar de forma violenta as áreas do município e do Estado por meio da Guarda Municipal e da Polícia Militar. Reforça inclusive ações ilegais e inconstitucionais, despejos que vêm sendo realizados sem ordem judicial. Ou seja, seguem tratando como caso de polícia o que deveria ser garantido através de política habitacional séria, popular, massiva e com participação social.
Não podemos esquecer que o decreto não extingue por completo as ameaças que pairam sobre as comunidades reconhecidas e não prevê a realização imediata e prioritária de políticas de urbanização e regularização das comunidades. Declarar com Assentamento Social é um reconhecimento mínimo do direito de posse dos moradores dessas ocupações, por isso uma vitória. Mas seguiremos tendo que lutar por água, saneamento, luz, esgoto, postos de saúde e escolas, enfim, todos os direitos sociais.
Afirmamos o nosso compromisso com o povo de Belo Horizonte e Região Metropolitana de seguir lutando e ocupando até que não haja “nenhuma família sem moradia”, conforme pede o papa Francisco. Hoje são quase cento e cinquenta mil (150 mil) famílias que não tem onde morar em Belo Horizonte e Região Metropolitana, milhares que sobrevivem sobre a espada de Dâmocles do despejo. E, há milhares de famílias crucificadas pela cruz pesadíssima do aluguel, da especulação imobiliária e da falta de política habitacional séria e massiva com participação popular. Há muito ainda para avançar e as ocupações seguirão unidas na luta.
Mexeu com uma, mexeu com todas! Pátria Livre! Venceremos!

Assinam essa Nota:
Coordenação da Ocupação-comunidade Esperança - Izidora
Coordenação da Ocupação-comunidade Rosa Leão - Izidora
Coordenação da Ocupação-comunidade Vitória - Izidora
Brigadas Populares (BP)
Coletivo Margarida Alves (CMA)
Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)

Seguiremos ocupando, resistindo e construindo até que não tenha nenhuma família sem casa nesse Brasil tão desigual, sob os interesses do sistema do capital.

Belo Horizonte, MG, 14 de abril de 2018.

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Para compreender melhor os dois decretos do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, de 12/4/2018.

Dia 12 de abril de 2018, 119 ocupações de Belo Horizonte foram reconhecidas por decreto do prefeito de Belo Horizonte, MG, como Assentamentos de Interesse Social e não como áreas Especiais de Interesse Social (AEIS), incluindo as ocupações da Izidora. Entretanto, o Governo de Minas Gerais e a Prefeitura de BH mantêm a política da violência contra o povo pobre!
Só a luta muda a vida. É com esse espírito que o povo trabalhador que vive nas ocupações Belo Horizonte recebeu a notícia de que 119 áreas da cidade foram reconhecidas pelo Prefeito Alexandre Kalil (PHS) por meio do Decreto n. 16.888, de 12/4/2018, como Assentamento de Interesse Social: bairros populares que há muitos anos já deveriam ter sido urbanizados e regularizados pela Prefeitura e pelo Governo do Estado.
O decreto reconhece 119 novos Assentamentos de Interesse Social conforme previsto pela nova lei de regularização fundiária, Lei Federal 13.465/2017. Destas áreas, 115 já estavam reconhecidas ou estavam em vias de serem reconhecidas como Áreas de Especial Interesse Social (AEIS) pelo novo Plano Diretor de Belo Horizonte como as ocupações, entre as quais, Dandara, Eliana Silva, Camilo Torres e Irmã Dorothy. A novidade, portanto, é o reconhecimento da posse dos moradores das ocupações Rosa Leão, Esperança, Vitória e Helena Greco, localizadas na região da Izidora.
É um passo importante na luta de 25 mil famílias ocupantes (cerca de 100 mil pessoas), das Brigadas Populares (BP), do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Coletivo Margarida Alves (CMA) e da Rede de Apoio que constituíram uma força social impressionante, um exemplo de luta e resistência para todo o Brasil.
Nesses últimos dez anos foram centenas de marchas, trancamentos de trânsito, atos culturais e resistência direta às repressões do Estado. Manifestações pelos direitos humanos fundamentais e contra as tentativas de despejo realizadas pela Polícia Militar a mando do governo de Anastasia (PSDB), do próprio Pimentel (PT) e, sobretudo, do ex-prefeito e sempre empresário Márcio Lacerda (PSB). Apesar da demarcação como AEIS não ter ocorrido, vemos o resultado da luta! Exigimos que as 119 ocupações sejam inseridas no Plano Diretor como AEIS.
A Ocupação Dandara, que completou 9 anos de existência, fez mais de cinco marchas caminhando do Céu Azul até o centro de Belo Horizonte, ficou cinco semanas acampada na porta da prefeitura, praça Sete e na regional do Barreiro, e realizou centenas de manifestações político culturais. As ocupações do Barreiro ocuparam órgãos públicos, realizaram marchas e trancamentos de trânsito pelos direitos do povo. As ocupações da Izidora, que completam 5 anos, marcharam mais de cinco vezes até o centro da cidade e dezenas de vezes até a Cidade Administrativa. Criaram uma potente rede de apoio #ResisteIzidora e realizaram atos pela preservação do meio ambiente como o #OcupaDirecional, e pelo direito à cultura e a vida digna. Dias 19 e 20 de março último, o povo das Ocupações da Izidora acamparam na porta da prefeitura de BH e pressionou o prefeito a declarar as ocupações como Áreas Especiais de Interesse Social.
A vitória é importante, mas parcial, por diversas razões. A razão central é que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) e o Governador Fernando Pimentel (PT) seguem não reconhecendo a luta das ocupações como justa e legítima e optaram por manter uma política injusta, imoral e muitas vezes ilegal de despejos e violência contra o povo pobre.
O decreto do reconhecimento de várias ocupações como Assentamentos de Interesse Social veio junto com outro decreto injusto, porque visa aumentar a violência e a repressão sobre o povo pobre que é castigado pela pesada cruz do aluguel ou pela humilhação de viver de favor e por isso segue ocupando, resistindo e construindo. Seguem tratando como caso de polícia o que deveria ser garantido por política habitacional séria, popular, massiva e com participação popular. O Decreto n. 16.889, de 12/4/2018, é injusto porque reforça medidas para desocupar de forma violenta as áreas do município e do Estado. Reforça inclusive ações ilegais, despejos que vêm sendo realizados sem ordem judicial, o que é ilegal, imoral e inconstitucional.
O Decreto n. 16.888/2018, que reconhece 119 áreas de Belo Horizonte, também deixa de fora importantes ocupações bastante consolidadas na cidade de Belo Horizonte e que vem lutando pelo seu reconhecimento. Nada impede o prefeito de também decretá-las Assentamentos de Interesse Social segundo a Lei 13.465/2017. Ficaram de fora milhares de famílias das ocupações consolidadas Vila da Conquista (Ventosa), Vila Novo Paraíso e Fidel Castro (Palmeiras), Pomar do Cafezal e Novo São Lucas (Serra), Candeeiro (Oeste), Lampião (Norte), Nelson Mandela, Horta I e Horta II (Barreiro), Ocupação Vicentão e Carolina Maria de Jesus (Centro). Essas comunidades têm o direito ao reconhecimento como todas as outras e lutarão para vê-los garantidos.
É importante deixar bem negritado que o Decreto n. 16.888/2018 não extingue por completo as ameaças que pairam sobre as comunidades reconhecidas e não prevê a realização imediata e prioritária de políticas de urbanização e regularização das comunidades. É um reconhecimento mínimo do direito de posse dos moradores dessas ocupações, por isso uma vitória. Mas seguiremos tendo que lutar pela água, pela luz, pelo esgoto, pelos postos de saúde e escolas.
Os movimentos sociais, os moradores das ocupações e rede de apoio denunciam com base em provas e registros cartoriais que as terras da Izidora da Matrícula n. 1202 têm nove indícios de grilagem/ilegalidades e que, portanto, os pretensos proprietários das áreas não têm documentos legítimos. Sabemos que a Prefeitura e o Governo do Estado estão negociando com a Família Werneck a desapropriação da área. Será injusto que a desapropriação necessária premie especuladores e eventuais grileiros de terras em quantias vultosas, sejam elas pagas em dinheiro, terrenos ou em potencial construtivo.
Por fim, não podemos esquecer que cada passo nessa luta custou e custa muito suor e sangue. Tivemos companheiros tombados, Manoel Bahia e Ricardo de Freitas (Kadu)! Muitos outros foram feridos, presos, processados e criminalizados ao longo dos últimos anos. Jamais nos esqueceremos do sangue de Dinei, morador da Ocupação Eliana Silva, atingido no seu rosto a golpe de espada que quase o matou, em manifestação em apoio a Izidora dia 24/7/2014. Não perdoamos a quebra do braço da Érica, morada da Ocupação Guarani Kaiowá, a golpe de cassetete da Polícia Militar. Jamais esqueceremos o bombardeio realizado na MG 10 em 19/6/2015 contra o povo das ocupações da Izidora que marchava pacificamente rumo à Cidade Administrativa. Bombardeio que deixou mais de 50 pessoas detidas e 100 pessoas feridas, entre elas Alice, uma criança de 7 meses que teve o carrinho de bebê onde ela estava atingido por uma bomba de gás jogada pela PM de MG. Por um milagre a PM de MG não matou uma criança de 7 meses. Não aceitamos que nossas lideranças sejam criminalizadas, entre os quais Frei Gilvander, padre carmelita, árduo defensor dos pobres, homem que luta pela justiça na terra, que está sendo covardemente processado por pessoas da família Werneck e por uma desembargadora. Processado por dizer a verdade que revela as injustiças. Afirmamos o nosso compromisso com o povo de Belo Horizonte e Região Metropolitana de seguir lutando e ocupando até que não haja “nenhuma família sem casa”, conforme pede o papa Francisco. Hoje são quase cento e cinquenta mil (150 mil) famílias que não têm onde morar na capital mineira ou na região metropolitana de BH e milhares que sobrevivem sob a espada de Dâmocles do despejo. Há muito ainda para avançar e as ocupações seguirão unidas na luta coletiva. Mexeu com uma, mexeu com todas!
Pátria Livre! Venceremos!

Assinam esse Posicionamento:
Coordenação da Ocupação-comunidade Esperança - Izidora
Coordenação da Ocupação-comunidade Rosa Leão - Izidora
Coordenação da Ocupação-comunidade Vitória - Izidora
Brigadas Populares (BP)
Coletivo Margarida Alves (CMA)
Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)


Enquanto morar for um privilégio, ocupar é um direito e um dever!

Belo Horizonte, MG, 14 de abril de 2018